Nesse artigo vamos conversar um pouco sobre alternativas aos testes em animais. Os índices da organização não-governamental PETA (People for the Ethical Treatment of Animals ou Pessoas Para o Tratamento Ético dos Animais, em tradução livre) são preocupantes: a cada ano mais de 100 milhões de animais (como ratos, sapos, cães, gatos, macacos e peixes) são sacrificados nos laboratórios de todo o mundo para uso em testes, aulas e pesquisas.

Embora essa prática seja aplicada há muitos anos pela indústria farmacêutica em geral, ela traz enorme crueldade aos animais – e por isso muitos países têm buscado organizar leis e alternativas aos testes em animais.

Quer entender melhor o assunto? Continue a leitura!

Por que os animais são usados nas pesquisas?

Os testes em animais acontecem porque, fisiológica e anatomicamente, eles são muito parecidos com os humanos. De ratos a macacos, todos possuem órgãos em comum como coração, pulmão, rins e cérebro, por exemplo, além dos sistemas respiratórios, cardiovasculares, nervoso etc.

A maioria dos animais usados nos laboratórios farmacêuticos são ratos e camundongos, porque seus corpos trabalham internamente de forma muito semelhante ao nosso incluindo 99% do seu DNA.

Mas não é porque esses testes são comuns, que eles não trazem nenhum problema aos animais. No caso da indústria cosmética, por exemplo, os animais são utilizados nos testes dos produtos, e, para isso esses itens são aplicados na pele, nos olhos ou ingeridos forçadamente pelos animais.

O resultado, além da exploração e da crueldade, é que muitos desses bichinhos acabam desenvolvendo alergias, cegueiras e, em alguns casos, acabam falecendo. Dessa forma, é necessário desenvolver alternativas aos testes em animais.

Quais as alternativas aos testes em animais?

Atualmente, já existem alternativas aos testes em animais que não contam com nenhum tipo de crueldade e trazem resultados mais interessantes às pesquisas. Vamos ver alguns:

Testes in vitro

Esses testes têm se mostrado uma alternativa acessível para evitar o uso de animais. A técnica utiliza células e tecidos criados artificialmente para a manipulação e estudo.

Em geral, esses testes avaliam possíveis adversas. O teste mais comum avalia se os produtos podem causar morte celular (citotoxidade). Já outro avalia se os produtos podem causam danos à pele quando expostos a luz solar (fotoxidade). E ainda, existe o teste para saber o potencial para causarem câncer no longo prazo (mutagenicidade).

Embora pareça ficção científica, já existem vários laboratórios usando essa alternativa, como o setor de Medicina de Hannover, na Alemanha. Por lá, um grupo de pesquisadores criou células nervosas em laboratório, cultivadas artificialmente, para estudar como os compostos químicos afetam o desenvolvimento do cérebro de uma criança ainda no útero da mãe.

Simulações computacionais

Atualmente existem vários softwares que ajudam a simular a biologia humana e a progressão de doenças, ajudando a prever a toxicidade de produtos químicos.

Para isso, as máquinas fazem estimativas sofisticadas sobre a probabilidade de determinada substância ser perigosa, com base na sua semelhança em relação a outras substâncias já conhecidas e existentes.

Unindo as informações das simulações computacionais e dos testes in vitro, os cientistas conseguem calcular a quantidade segura de cada ingrediente para o uso, considerando o público consumidor, o tipo de produto e a frequência de uso.

Impressão 3D

A impressão 3D não é novidade no mundo da medicina – e agora também tem sido usada por grandes empresas no ramo de cosméticos. Uma dessas é a biompressão que permite, por exemplo, imprimir tecidos da pele para testar produtos.

A biompressão permite reproduzir, de forma automatizada, os tecidos humanos, imitando a forma e a função originais deles no nosso organismo.

Kit Pele

Essa é uma alternativa brasileira. Um grupo de pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP está produzindo pele artificial à partir de células retiradas de doadores.

A pele criada reproduz os mesmos tecidos biológicos da pele humana e pode ser usada, com segurança, para avaliar a eficácia e a toxicidade de novos compostos das indústrias cosméticas e farmacêuticas.

Testes com voluntários

Nos Estados Unidos, existe um tipo de teste para diagnosticar alergias em que são colados adesivos na pele com pequenas quantidades de substâncias químicas, avaliando se o paciente reage a elas. Esse teste é feito com voluntários.

Aqui no Brasil, muitas empresas da área cosmética também realizam testes com voluntários. Em geral, funciona assim: os interessados fazem um cadastro no laboratório ou empresa e quando ela precisa testar algum produto, faz uma busca nesse banco de dados procurando por pessoas que tenham as condições ou características ideais para o teste.

Por exemplo, uma empresa de shampoo está desenvolvendo um produto para cabelos crespos e cacheados. Ela buscará por cadastros que tenham esse tipo de cabelo. Os testes acontecem de forma controlada, com os voluntários usando os produtos sob estrita supervisão e avaliação de dermatologistas e outros profissionais certificados.

A fase de testes com voluntários só ocorre após outras etapas, como as simulações computacionais e os testes in vitro.

Mas, é claro, os voluntários acabam se expondo a riscos, já que os testes em humanos buscam, justamente, analisar como os produtos irão reagir na pele e no cabelo dos voluntários, avaliando a reação e até possíveis alergias. Ainda que as outras fases diminuam esses riscos, todos os voluntários precisam estar cientes dessas possibilidades e assinarem um termo com essas informações detalhadas.

Regulamentações da Anvisa

No Brasil, não existe nenhuma lei nacional que impeça o uso de animais em testes, porém, várias empresas e estados têm se organizado para reduzir a crueldade com animais.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou uma norma que visa reduzir a necessidade de uso de animais em testes para o registro de medicamentos, produtos de saúde e limpeza, cosméticos etc.

Para isso, a Anvisa passa a aceitar para registro os métodos alternativos reconhecidos no país pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea). Atualmente, o órgão conta com 17 métodos já aprovados, com procedimentos, inclusive, para avaliar irritação da pele e dos olhos e toxicidade.

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Foto: Joe Caione / Unsplash

Como encontrar marcas confiáveis que não testam em animais?

Sendo assim, se você é contra a crueldade animal, é importante apoiar as marcas que não fazem testes em animais. Nesse caso, as marcas costumam indicar no rótulo que são contra a crueldade animal e que não realizam nenhum teste animal.

Além disso, vale a pena buscar por marcas veganas, que não usam nenhum ingrediente de origem animal na confecção dos seus produtos.

Nós da Physalis encontramos alternativas aos testes em animais e nos orgulhamos disso. Além disso, temos um portfólio completo de produtos veganos. Isso tudo porque acreditamos que um mundo melhor começa com simples atitudes, como respeitar a natureza e os animais, garantindo um futuro melhor para as próximas gerações.

Neste artigo você viu que já existem alternativas aos testes em animais e que essas possibilidades são totalmente seguras e altamente tecnológicas, evitando a crueldade animal causada pelas indústrias cosméticas e farmacêuticas.

Para apoiar essa causa, sempre procure por marcas que não testam em animais e que contam com ingredientes vegetais e veganos, evitando a exploração dos animais.

Gostou deste post? Aproveite e conheça mais sobre a nossa marca e nossos produtos!

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